Como contratar um Jovem Aprendiz e quais os benefícios?

Como contratar um Jovem Aprendiz

Contratar um Jovem Aprendiz é uma excelente forma de contribuir para o desenvolvimento profissional de jovens enquanto gera benefícios significativos para as empresas. Essa iniciativa não só auxilia na formação de novos profissionais. Mas também promove a inclusão social e a diversidade dentro do ambiente de trabalho. 

Neste artigo, vamos explorar os passos essenciais para efetuar essa contratação, além de detalhar os variados benefícios que essa prática pode oferecer tanto para os jovens quanto para as empresas. Criando assim um ciclo positivo que impacta toda a sociedade.

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O que é o Programa de Jovens Aprendizes?

O Programa de Jovens Aprendizes foi criado no Brasil com o objetivo de oferecer oportunidades de formação profissional para jovens de 14 a 24 anos. Por meio da combinação de educação teórica e prática no ambiente de trabalho. 

O programa é regulamentado pela Lei da Aprendizagem, que estabelece a obrigatoriedade das empresas com mais de sete empregados em contratar um percentual de aprendizes em suas equipes. 

Os jovens participantes recebem formação em cursos de educação profissional, enquanto atuam em atividades práticas nas empresas. Proporcionando uma experiência valiosa que enriquece seu currículo e desenvolve habilidades essenciais para o mercado de trabalho. 

Além disso, o programa visa promover a inclusão social, permitindo que jovens de diferentes origens tenham acesso a oportunidades que ampliem suas perspectivas profissionais e de vida.

Quem pode contratar aprendizes?

A contratação de aprendizes é uma prática permitida para diversas entidades, incluindo empresas de diferentes portes e setores. 

De acordo com a legislação brasileira, toda empresa que possui mais de sete funcionários está obrigada a reservar um percentual de suas vagas para aprendizes. O que significa que tanto pequenas quanto grandes empresas têm a possibilidade de participar do Programa de Jovens Aprendizes. Além disso, instituições sem fins lucrativos e organizações da sociedade civil que atuam na educação também podem promover a formação de aprendizes. 

As empresas que optam por essa contratação não apenas cumprem a legislação, mas também se beneficiam ao trazer novas ideias e a criatividade dos jovens para suas operações, contribuindo para um ambiente de trabalho mais dinâmico e inovador.

Como funciona um contrato de aprendizagem?

O contrato de aprendizagem é um acordo formal que estabelece as condições de trabalho e aprendizado entre o jovem aprendiz e a empresa contratante. Esse contrato deve ser elaborado por escrito e ter uma duração máxima de dois anos. Podendo ser prorrogado conforme as necessidades e a legislação vigente. 

O aprendiz é registrado como um empregado, com todos os direitos garantidos pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), incluindo atividades de formação teórica e prática. Durante esse período, a empresa é responsável por fornecer tanto a orientação profissional quanto a formação educacional, que pode ser oferecida por instituições parceiras, como escolas técnicas ou profissionais de educação. 

É importante ressaltar que o contrato deve respeitar as normas de proteção de aprendizagem, assegurando que os jovens não sejam submetidos a atividades laborais que possam comprometer seu desenvolvimento e formação.

E as vantagens de contratar aprendizes?

Contratar aprendizes traz diversas vantagens tanto para as empresas quanto para os jovens. Para as empresas, uma das principais vantagens é a possibilidade de moldar novos profissionais de acordo com a cultura e as necessidades da organização. Criando então um fluxo contínuo de talentos que já conhecem a dinâmica interna. 

Além disso, as empresas podem usufruir de incentivos fiscais e redução de encargos trabalhistas, uma vez que a legislação oferece benefícios para aquelas que cumprirem com a cota de aprendizes. Para os jovens, a experiência de trabalho combinada com a formação teórica abre portas para o mercado. Isso é um diferencial importante na hora de buscar futuras oportunidades de emprego. 

O programa também proporciona a chance de desenvolvimento de habilidades e networking, contribuindo para que esses jovens se tornem profissionais mais qualificados e preparados para os desafios da vida laboral.

Onde e como contratar um jovem aprendiz?

Como contratar um Jovem Aprendiz

A contratação de um jovem aprendiz pode ser realizada diretamente nas empresas ou por meio de intermediários, como instituições de ensino e ONG’s que oferecem programas de formação profissional. 

Para iniciar o processo, as empresas devem primeiramente definir a função que o aprendiz irá desempenhar e as competências necessárias para a posição. Em seguida, é importante estabelecer parcerias com organizações que ofereçam cursos de formação e desenvolvimento para jovens. 

Muitas vezes, essas instituições já possuem um banco de dados com candidatos qualificados e podem ajudar na seleção e preparação dos aprendizes. Além disso, o processo de recrutamento pode ser realizado por meio de anúncios em plataformas de emprego, redes sociais e em eventos dedicados à inclusão profissional de jovens. 

Assim, as empresas conseguem encontrar talentos que se alinhem à sua cultura organizacional e contribuir para o fortalecimento do Programa de Jovens Aprendizes.

O que uma empresa precisa saber antes de contratar um jovem aprendiz?

Antes de contratar um jovem aprendiz, a empresa deve estar ciente de algumas considerações importantes. Primeiramente, é essencial entender a legislação que regulamenta o Programa de Aprendizagem. Garantindo que a empresa cumpra os requisitos legais como a cota mínima de aprendizes. 

Além disso, a empresa precisa se preparar para oferecer uma formação adequada, o que inclui a definição das atividades que o aprendiz irá realizar e a elaboração de um plano de desenvolvimento. Também é fundamental que a empresa esteja disposta a oferecer orientação e supervisão, criando um ambiente de aprendizado positivo. 

Por último, é recomendável que a organização desenvolva uma cultura que valorize a inclusão e o desenvolvimento profissional dos jovens, o que não apenas beneficia os aprendizes, mas também enriquece o ambiente de trabalho como um todo.

Há idade para ser jovem aprendiz?

Sim, existe uma faixa etária definida para a participação no Programa de Jovens Aprendizes. De acordo com a legislação brasileira, podem ser contratados como aprendizes jovens entre 14 e 24 anos. 

No entanto, é importante ressaltar que, para aqueles que possuem deficiência, não há limite de idade. Essa faixa etária foi estabelecida para garantir que os jovens tenham a oportunidade de usufruir do programa enquanto ainda estão em fase de formação escolar. Permitindo que conciliem a educação teórica ao desenvolvimento prático em um ambiente de trabalho. 

Portanto, tanto empresas quanto jovens interessados devem estar atentos a essa condição ao considerar a contratação e a participação no programa.

O contrato de trabalho de aprendiz deve seguir o modelo CLT?

Sim, o contrato de trabalho de aprendiz deve seguir os princípios da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mas com algumas especificidades. O aprendiz é registrado como empregado e, portanto, tem direitos garantidos, como a remuneração, descanso semanal, férias e 13º salário, assim como qualquer outro trabalhador. 

No entanto, o contrato de aprendizagem possui particularidades, como a necessidade de ser elaborado por escrito e ter uma duração máxima de dois anos. Além disso, a jornada de trabalho do aprendiz deve ser adequada às atividades de formação. Permitindo que ele concilie suas atividades profissionais com a educação teórica. 

Essas regras visam proteger o jovem aprendiz, garantindo um ambiente de aprendizado saudável e produtivo, respeitando suas necessidades de formação.

Quantas horas o jovem aprendiz pode trabalhar?

A jornada de trabalho do jovem aprendiz é determinada pela legislação, que estabelece limites específicos para garantir que o aprendizado e a educação sejam priorizados. 

O aprendiz pode trabalhar até seis horas diárias, totalizando até 30 horas semanais, se tiver até 18 anos e estiver cursando a educação básica. Para aqueles com mais de 18 anos, a carga horária pode ser ampliada para até oito horas diárias, desde que estejam realizando atividades de aprendizagem em cursos de formação profissional. 

É fundamental que a jornada de trabalho permita ao aprendiz conciliar suas obrigações profissionais com seus estudos, assegurando assim que a experiência de aprendizagem seja proveitosa e não comprometa seu desenvolvimento educacional.

Qual deve ser o salário do aprendiz?

Como contratar um Jovem Aprendiz

O salário do jovem aprendiz deve corresponder ao que é estipulado pela legislação em vigor e à convenção coletiva da categoria em que a empresa se encontra. 

Geralmente, a remuneração base é calculada em função do salário mínimo-hora, considerando a carga horária a ser cumprida, que pode ser de até seis horas diárias para aprendizes com menos de 18 anos. É importante lembrar que a remuneração deve não apenas atender os mínimos legais, mas também ser justa, refletindo a carga de trabalho e as responsabilidades atribuídas ao jovem aprendiz. 

Além do salário, oferecer benefícios como vale-transporte e alimentação pode ser um fator positivo que valoriza a experiência do aprendiz e incentiva seu desenvolvimento profissional.

É preciso oferecer benefícios?

O salário do jovem aprendiz deve ser proporcional à jornada de trabalho e ao valor do piso salarial da categoria em que a empresa está inserida. A remuneração mínima deve respeitar as convenções coletivas de trabalho e, normalmente, deve ser equivalente ao salário mínimo-hora. 

Além do salário, é importante que as empresas considerem a oferta de benefícios como vale-transporte, vale-refeição ou alimentação, seguro de vida e outros, embora esses benefícios não sejam obrigatórios. 

A inclusão de vantagens adicionais pode ser um diferencial competitivo que atrai jovens talentos, reafirmando o compromisso da empresa com o desenvolvimento dos aprendizes e contribuindo para a construção de um ambiente de trabalho mais acolhedor e motivador.

O jovem aprendiz pode atuar em qualquer área da empresa?

Embora o jovem aprendiz possa atuar em diversas áreas dentro da empresa, existem algumas restrições impostas pela legislação. 

De acordo com a Lei da Aprendizagem, o aprendiz não pode desempenhar atividades que sejam consideradas perigosas, insalubres ou que comprometam seu desenvolvimento físico, mental, moral e social. 

Portanto, áreas como construção civil, manuseio de substâncias químicas perigosas ou atividades que envolvam riscos elevados não são apropriadas para aprendizes. 

No entanto, o programa permite que os jovens aprendizes sejam integrados em setores como administração, vendas, tecnologia da informação, atendimento ao cliente, entre outros. Desde que as funções desempenhadas sejam compatíveis com o processo de aprendizado e desenvolvimento profissional. 

Assim, é fundamental que as empresas planejem as atividades do aprendiz de modo a garantir uma experiência segura e enriquecedora.

Em quais situações pode ocorrer a rescisão do contrato do jovem aprendiz?

A rescisão do contrato do jovem aprendiz pode ocorrer em diversas situações, conforme estabelecido pela legislação trabalhista. Uma das causas mais comuns é o término do prazo contratual, que não pode ultrapassar dois anos, salvo exceções como a continuidade em outra função ou curso. 

Além disso, a rescisão pode acontecer por iniciativa do aprendiz, caso ele decida encerrar o contrato por motivos como dificuldades de conciliação entre trabalho e estudo ou insatisfação com a atividade. 

Por outro lado, a empresa também pode rescindir o contrato por justa causa, em casos de faltas graves ou desrespeito às normas internas. Por fim, a rescisão pode ocorrer sem justa causa, desde que respeitados os direitos trabalhistas previstos, como aviso prévio e pagamento das verbas rescisórias. 

É importante que ambas as partes estejam cientes das condições de término do contrato para garantir um encerramento adequado e legal.

É necessário indicar um tutor responsável pelo jovem?

Sim, é necessário indicar um tutor responsável pelo jovem aprendiz. A presença de um tutor é fundamental para garantir que o aprendiz receba a orientação e o acompanhamento adequados durante sua experiência profissional. 

O tutor, geralmente um funcionário mais experiente da empresa, deve ser responsável por supervisionar as atividades do aprendiz, auxiliar na formação e responder a dúvidas, contribuindo para o seu desenvolvimento profissional e aprendizagem. 

Além disso, é responsabilidade do tutor assegurar que o jovem esteja cumprindo suas obrigações e aproveitando ao máximo as oportunidades de aprendizado oferecidas pela empresa. Essa figura é essencial para criar um ambiente de apoio, reforçando a importância da educação prática em paralelo à teoria.

Conclusão

A contratação de um jovem aprendiz é uma oportunidade valiosa tanto para as empresas quanto para os jovens. Por meio desse programa, as empresas podem moldar novos talentos e contribuir para a formação de profissionais qualificados para o futuro. Enquanto os jovens têm a chance de adquirir experiências práticas e se desenvolver em um ambiente de trabalho. 

É fundamental que as empresas considerem as responsabilidades legais e os benefícios envolvidos nesse processo, garantindo que o aprendizado ocorra de forma segura e enriquecedora. 

Ao investir no Programa de Jovens Aprendizes, as organizações não apenas cumprem a legislação. Mas também desempenham um papel importante na construção de uma sociedade mais inclusiva e preparada para os desafios do mercado de trabalho.

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